segunda-feira, 29 de outubro de 2007

I came to make a BANG!



estou numa grande expectativa pelo show do eagles of death metal que acontecerá (segundo a folha ilustrada) no final de novembro deste ano. não quis ir pro tim, já perdi o pique com o chemical brothers e acho que nem terei grana para o planeta terra... mas em ALGUM show eu tenho que ir! e EoDM no clash club me parece a oportunidade perfeita.
sim, eu sei, o josh homme não vai vir, mas, convenhamos... sem o vocalista e 'casanova' do rock jesse hughes, a banda não é a mesma coisa. eu nem sabia muito sobre ele, mas vendo algumas entrevistas vi que ele é provavelmente uma das pessoas mais normais no rock atualmente. nada de muita pose, nada de se achar 'a salvação do rock'... carismático, dar uma olhada em shows da banda com ele dá a sensação de intimidade com o vocalista, com o qual você simpatiza e consegue até se identificar em determinados momentos.

acho que dá pra ver que eu to tietando um pouco, mas devo reconhecer que sempre me alegro ao ver um roqueiro que não é um completo idiota arrogante auto destrutivo...

então, até novembro, pessoas!

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Só falta ter abertura do The Wailers...


estava assistindo tv descompromissadamente hoje e vejo a seguinte chamada:

um dos maiores nomes do smooth jazz e pop do mundo vem para o brasil....

KENNY G!!!



essa chamada apenas confirmou o que eu já suspeitava há muito tempo: quando se perde a fama dos anos 90, qualquer merda (com o perdão da palavra) vem para o brasil. minha mãe, obviamente, ficou extasiada com a possibilidade de ver kenny g num show (reação que provavelmente vai tomar outros pais e mães de pessoas da minha idade por são paulo afora), até porque acho que ela está sentindo que todos esses anos colecionando toda a discografia FINALMENTE estão dando em alguma coisa... o mais curioso disso tudo é que quem tá trazendo ele pra cá é o greenpeace. interessante, os dois símbolos mais chatos dos anos 90 finalmente se unem num show apoteótico com o qual ninguém vai se importar (mas vai ser caro, muito caro... o ingresso mais barato é $100... eu pago quase isso pra ver o chemical brothers na pista! pelo menos eles fizeram algo de novo durante esses anos e não ficaram só repetindo a música tema do 'por amor')!

sei lá, com tudo isso, só tenho uma coisa pra dizer...


PEGA ELES, KENNY!!!

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Something on your mind, Dear?



I am Jack's smirking revenge.
I am Jack's cold sweat.
I am Jack's raging bile duct.
I am Jack's complete lack of surprise.
I am Jack's wasted life.
I am Jack's inflamed sense of rejection.


I am Jack's broken heart.

domingo, 21 de outubro de 2007

Faltou um Kaufman

acabei de voltar da sessão de 'sonhando acordado', de michel gondry, que está passando na mostra internacional de cinema.

tinha tentado assistir na sexta feira, mas, com a já certa profusão de fãs histéricas/os que queria ver gael garcía bernal ao vivo, obviamente não consegui. sobrou como alternativa assistir ao filme no domingo à tarde e pegar uma fila para comprar o ingresso desde as 11 da manhã.

como todo evento que reúne muitas pessoas, teve barraco no cinesesc, mas ele não foi por causa do filme de gondry, mas sim por pessoas que não se informaram muito bem sobre a compra dos ingressos e queriam, ao meio dia, comprar suas entradas para filmes que só começariam a ser vendidas depois das duas da tarde.


confusões à parte, vamos ao filme.

ainda estou formando a minha opinião sobre ele. como primeira impressão, não pude não compará-lo a 'brilho eterno de uma mente sem lembranças'. devo dizer que prefiro o primeiro filme de gondry. este, que foi totalmente escrito pelo diretor (e não tem o dedo de kaufman, com quem ele criou 'brilho') e pode-se dizer que pelo menos ganha o mérito de ser a primeira investida do diretor com uma obra 100% sua no cinema. o filme tropeça muito, mas consegue se sair razoavelmente bem no final.
na história, stéphane miroux (gael garcía bernal) é um rapaz que mistura sonho com realidade. o próprio começo do filme não é mostrando a vida de stéphane no mundo real, mas sim é o seu sonho, no qual ele é um apresentador do programa 'stéphane tv', que fala sobre a teoria por trás dos sonhos. ele é um artista e tem um trabalho insuportável. se apaixona pela vizinha, stéphanie (charlotte gainsbourg), mas ela não está muito interessada nele, por mais que ela também não tente excluí-lo da sua vida (e, dado o comportamento de stéphane, você nem a culpa por não querer se envolver com ele). enquanto na vida real stéphanie não quer stéphane, nos sonhos eles estão juntos e é lá que ele a possui.

o filme tem seus méritos e seus pontos discutíveis. stéphane e stéphanie são personagens um tanto quanto irreais (o que é algo já bem diferente de 'brilho eterno', que possui pessoas com as quais podemos nos identificar), sendo que o primeiro é o que se destaca. gael garcía bernal interpretou muito bem o personagem, mas fato é: se uma pessoa como stéphane realmente existisse, teria levado uma surra há muito tempo. ele é um personagem romântico e sonhador, mas, da forma como foi construído, ele parece na tela um psicótico com uma cabeça infantilizada. em determinados momentos eu perdi a empatia por ele, uma vez que essa dose concentrada de irrealidade começou a me incomodar. e esta irrealidade se torna mais clara quando em diversos momentos do filme gondry mistura as ações do subconsciente, inconsciente e a realidade e daí gera as situações. em diversos momentos os sonhos de stéphane parecem cenas que acabam em si mesmas e não se ligam a outro lugar, deixando o filme com um aspecto de inacabado. e isso é lamentável, pois justamente essas seqüências são bem feitas e visualmente muito bonitas, como as animações em stop motion com o papelão, celofane, etc. pena que isso só não sustente a história.

por outro lado o filme consegue ser muito divertido nas seqüências passadas no mundo real. os outros personagens são muito mais verossímeis que stéphane, e por isso você simpatiza com eles e justamente eles que garantem alguns dos melhores momentos do filme. charlotte gainsbourg é uma das poucas incógnitas. não sei se gosto ou não dela. ela não possui química nenhuma com gael garcía bernal, mas fica bem como stéphanie. ela acabou sendo uma atriz neutra num personagem que poderia ter ficado muito mais convincente.

além disso, os diálogos foram bem construídos. gondry possui uma veia para a comédia que eu desconhecia, e os diálogos afiados (especialmente os que envolvem guy, colega de trabalho de stéphane) nas cenas com narrativa mais linear constituem as cenas mais dinâmicas, importantes e interessantes do filme, garantindo que ele não se perca no meio dos sonhos de stéphane.

este acabou por ser um filme mediano. algo que poderia ter sido muito mais, mas que nem por isso perde o seu mérito. como primeiro trabalho de gondry voando totalmente solo, deve-se reconhecer que não foi o seu melhor, mas que definitivamente já é um começo. mas este é o preço a se pagar sendo roteirista para aqueles que começam com um charlie kaufman no passado.

sábado, 20 de outubro de 2007

Dagger to the skull and nothing to the wallet

Me promovendo sim, e daí?!

hey!

hoje decidi fazer alguma coisa e comecei a fazer uns desenhos em vetorização pra mandar pro site da camiseteria e ver se consigo emplacar alguma coisa lá... por enquanto só fiz este desenho aí do lado, mas tenho até outros que já estão prontos e só tão esperando pra serem colocados lá também. então, se vocês se interessarem em me dar algum apoio moral, entrem no meu perfil lá e votem, de preferência no 5 com a coroa, que significa 'eu compraria'... vocês não precisam comprar, mas se puderem pelo menos FINGIR que comprariam, eu já agradeço muito... não estranhem se a estampa ainda não estiver lá porque eu mandei hoje e eles enrolam MUITO até postarem o que eu enviei...


então, até, pessoas! valeu pela ajuda pra quem puder!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Meia na calça

adorei a nova campanha publicitária do governo australiano... o slogan é: 'alta velocidade. ninguém vai te achar muito grande'. dêem uma olhada e digam se não é verdade...




coisa engraçada a respeito de alguns homens (de cabeça fraca, no caso)... quanta importância dada àquele que vem logo abaixo! isso se reflete mais quando você vê um cara com uma picape gigantesca... o sujeito mesmo parece um minicraque, mas está à bordo de um 'possante' de respeito. aliás, tem um cartum do allan sieber que se encaixa perfeitamente nisso:



o que mais me intriga, no entanto, é como se dá essa lógica do carro fálico. porque normalmente esses idiotas acham que mulher vê um carro grande e conclui que tudo deve ser assim (mais aleatório, impossível: é quase como se um sujeito que morasse num prédio muito comprido pudesse alegar que isso também é um reflexo do membro.. AHN?), mas, ao mesmo tempo, eles acham que mulher não entende (e, logo, não se importa) com carros! então de quem eles chamam a atenção? eles querem pegar homem com isso? até agora isso é uma das poucas coisas que teve um pouco de lógica pra mim e eu tenho cá as minhas suspeitas de que o objetivo deles está meio longe de ser isso... quer dizer, eu ACHO... vai saber se na hora de levar o carro pra revisão não rola uma troca de olhares e um sorriso maroto por parte do flanelinha... sempre é tempo de se redescobrir.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Vem fácil, vai fácil


10 de outubro... já faz quase um mês desde que eu saí do trabalho, já consegui torrar o salário e agora estou na expectativa de basicamente qualquer coisa (contando, basicamente, com a sorte) que vier por aí. mês de mudanças. outras coisas que tão rápido vieram, tão rápido se foram:

... meu cabelo. depois de uns 3 anos (eu achava que eram 5, mas depois fiz as contas direito) de cabelos longos e rebeldes, eu me cansei e voltei ao meu bom e velho curtinho de guerra. sinceramente, eu sou vaidosa e tal, mas não tenho nem um pingo de saco pra ficar passando leave in, aí aperta daqui, puxa dali, ajeita de lá... se toma mais de 5 minutos do meu dia, é porque não vale a pena. to bem mais feliz agora, com menos calor, mais satisfeita com a nova leveza do meu escalpo...

... minha vida no second life. sim! eu fui pro lado negro e entrei só de curiosidade. fato é: os caras me pegaram no meu ponto fraco na internet, que é montar uma versão minha (isso entra na mesma linha dos testes que eu tanto amo fazer... num você vê quem você é, no outro você monta quem você é ou como gostaria de ser). mas pára por aí. ô programinha chato! coisa de gente carente, sério: se você não conhece ninguém que tá lá, tem que ficar puxando papo com tudo quanto é mané que vê pela frente pra poder fazer QUALQUER coisa, uma vez que até ficar mudando a aparência do bonequinho acaba eventualmente torrando a paciência. aí eu me senti de novo nos meus velhos tempos de ICQ, só faltou o infame "quer tc?". argh! isso sem contar que você precisa juntar dinheiro pra tudo, senão limita ainda mais o que você pode fazer! sério, que pesadelo é aquilo! nem a parte de voar é lá tudo isso, só serve pra você pelo menos ir mais rápido de um lugar pro outro, porque também tem isso: a velocidade do bonequinho irrita... sinceramente, que jogo tosco! eu to sentindo pena do pessoal que fala que isso é um dos melhores jogos do mundo e que vicia e tal... lamentáááável...


bem, é isso. quanto à tirinha aí, eu peguei a dita da folha de são paulo deste sábado, adorei a sacada.

até, pessoas!

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

DON'T PANIC


estava pensando a respeito de medo hoje.
como é fácil sentir medo. como podemos nos sentir minúsculos com muito pouco... as pessoas estão mais tensas hoje em dia, têm medo de perder o emprego, o(a) namorado(a), as amizades, a reputação, o controle... o computador começa a agir estranho, sentimos medo. brigamos com alguém, sentimos medo. saímos à noite, sentimos medo. não podendo controlar o que os outros pensam de nós, sentimos medo. temos medo até de sentir o medo! e aí, o que fazemos?! SENTIMOS MEDO!
é interessante que, no século XXI, dentre as várias 'doenças da modernidade', temos, junto de doenças cardíacas e diabetes, coisas como síndrome do pânico, depressão e estresse. num geral as pessoas são muito mais pressionadas hoje em dia, apesar do grau de aceitação para várias coisas (como diferenças raciais, sexuais e religiosas) tenha aumentado muito. mas é interessante: ao invés das pessoas no geral terem ficado mais firmes, elas ficaram mais vulneráveis.
sofremos muito, especialmente a minha geração. uma vez em brinquei com um professor que esta é a geração da desilusão: em termos profissionais cada vez mais vemos que não só arranjar um emprego é uma odisséia, mas ainda os que existem estão se tornando cada vez mais exploratórios; já não é mais tão fácil saber o que se vai ser quando crescer e a alternativa cada vez mais se torna o 'o que vier é lucro'; é cada vez mais difícil conviver, até porque cada vez mais as pessoas não querem se machucar (neste grupo eu me incluo); somos seres sociais e ao mesmo tempo nos isolamos do mundo, somos ilhas...
dessa forma, é fácil saber porque se entra tanto em pânico... isso não é regra, mas acho que nem é preciso falar... não é regra, mas está ficando cada vez mais comum. e isso sim dá medo.