sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Eagles of Death Metal - Motomix 2007



depois de muita espera e expectativa, finalmente o show mais esperado do motomix 2007 aconteceu: o eagles of death metal animou a noite de quarta feira (dia infeliz pra se fazer show ou qualquer coisa pegando a madrugada, na minha opinião) no clash club, na barra funda.


pra quem se deslocou praquelas quebradas desde a paulista, como eu, foi um trabalho de fé: no mesmo dia tinha jogo do corinthians com sei lá quem, acho que era com o são paulo, no pacaembu, então adivinha se a paulista não só ficou parada mas como também tivemos que acompanhar trocentos ônibus de torcidas organizadas a maior parte do caminho?!

chegando lá, eu vi que o clash, apesar de caro pra entrar, vale a pena por alguns motivos: primeiro, lá tem um sistema de ventilação que funciona, então o lugar nunca fica muito quente (deve ter uns 30 ventiladores grandes lá dentro ligados o tempo todo); além disso, eles têm algo que eu acho que deveria ser aplicado em quase todos os lugares: tíquetes para você trocar por bebidas. eu sei, é meio festa junina, mas se pararmos pra pensar, perder um tíquete dá bem menos prejuízo do que perder uma comanda, por exemplo. achei curioso, mas inteligente.

a casa encheu, mas ainda bem que não estava lotada, porque a circulação estava tranqüila e isso ajudou também a não dar tumultos no bar e todos tinham espaço para conversarem e dançar tranqüilamente. alguns vips andavam entre nós, como a luísa da mtv, o edgar scandurra e eu tenho quase certeza de que vi o derrick do sepultura. a noite começou com a banda pop armada, cujo som me lembrou muito arctic monkeys, muito embora a voz do vocalista tenha se perdido muito na apresentação ao vivo. o som deles era muito bom, apesar disso, bem dançante, então foi um tanto quanto deprimente ver que NINGUÉM estava animado na pista, só ficavam olhando pro palco e ouvindo de braços cruzados (acho que o momento mais triste foi quando o próprio vocalista soltou um 'olha, a gente vai tocar essa música, mas promete que é a última, tá?'). eu e um amigo ficamos sozinhos dançando, mas a apatia geral do povo que não queria saber de nada, só do EoDM (vou usar isso pra falar que é o eagles of death metal, porque dá muito trabalho escrever tudo).

finalmente, lá pela meia noite e pouco, começou O show.

para a minha felicidade, eles abriram com uma das minhas novas músicas favoritas, a "don't speak (i came to make a BANG!)", seguindo depois para alternações do primeiro e segundo álbuns, partindo depois para covers de ramones e rolling stones e encerrando com a música que o público pediu para ouvir, "speaking in tongues". o set list foi esse aí embaixo:


DON'T SPEAK (I CAME TO MAKE A BANG!)

KISS THE DEVIL
BAD DREAM MAMMA

MIDNIGHT CREEPER

I LIKE TOMOVE IN THE NIGHT

ENGLISH GIRL

ALREADY DIED

STUCK IN THE METAL

WHOREHOPPIN
CHERRY COLA

FLAMES GO HIGHER

JUST 19

MISS ALISSA (não estava no setlist)

BOYS BAD NEWS
I ONLY WANT YOU

BROWN SUGAR

BEAT ON THE BRAT

NEW ROSE

SPEAKING IN TONGUES


em termos de performance, eles cativaram o grupo de fãs mais devotos e ficaram bastante felizes com a receptividade do público. tudo bem que jesse hughes ficou falando 'are you ready to rock and roooooooooolll?!?!!' vezes até demais, mas dane-se! o negócio é que o EoDM é uma banda descaradamente canastrona, então seguir a cartilha 'como animar público' tá no jogo. a respeito de jesse hughes, ele estava mais caminhoneiro do que nunca, o próprio redneck, com o bigode de xerife, os óculos ray ban e o cabelo agora comprido. trocou umas quatro vezes de camiseta e soltava toda hora frases como: 'depois do show eu vou falar pessoalmente com cada um de vocês', 'tenho muito amor pra dar para as lindas garotas que estão aqui'... devo dizer, no entanto, que ele cumpriu essas duas promessas. na verdade ele tava todo 'amigo do povo', porque foi um tal de jogar palhetas pro público, jogar o set list, pedir pra galera acender o cigarro dele, e ele realmente saiu para falar com os fãs, especialmente com as garotas, depois do show.

foi um show na medida certa, na minha opinião: divertido, com um público e banda genuinamente empolgados e ainda por cima com direito a brindes. acho que pra animar uma noite muito gelada de quarta feira, não podia ser melhor do que isso.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Tsssssssssssss....



posso dizer com segurança que nunca pertenci de fato à PEA. tive alguns flertes com o que seria um trabalho de verdade, mas nada que passasse de um mês. ou seja, não considero que é um trabalho com T maiúsculo. me sinto meio brás cubas nessas horas, falando que nunca tive que comprar pão com o suor do meu rosto. realmente, nunquinha mesmo. e lamento. talvez seja por isso que alguns aspectos dessa coisa tão alienígena para mim sejam tão difíceis de me acostumar.
são vários elementos, na verdade: você precisa pensar no antes, durante e depois. o depois é o mais importante, na minha opinião. pelo menos é o que eu tenho considerado. porque o antes você cuida na hora, o durante cai naquela de 'deu, bem, não deu, amém', mas o depois... o depois envolve toda a arrumação da bagunça que você fez no antes e no durante. aí é que as coisas complicam. porque, dependendo da pessoa com quem você se comprometeu para resolver o 'depois', tudo pode ser mais fácil ou mais difícil. é necessário ter uma organização bastante grande, porque, se você comete um deslize e a pessoa não é exatamente chegada sua, pode ser um trabalho bastante espinhoso. aí é necessário ter jogo de cintura para acertar as arestas e fazer o melhor possível para evitar complicações no futuro e não ter desafetos por algo pequeno que você pode arrumar.

nessas horas acho que são afortunadas as pessoas que têm empregos fixos das 9 às 5. é tudo tão mais fácil, elas têm algo para fazer naquele período de tempo, o trabalho entra e sai naquele horário. depois das cinco, nada mais daquilo importa. por outro lado, entendo que quem vive disso se sente angustiado, porque não é um trabalho que realmente exige muito de você. ou seja, é a constatação do óbvio: por mais que tenha dias que isso me faça querer gritar e fugir pra austrália pra me esconder com os aborígenes, eu gosto muito. adoro, na verdade. sim, várias vezes eu penso no conforto de uma jornada de trabalho fixa e integral, mas, ao mesmo tempo, eu acho que entraria num pânico ainda maior do que com o que eu faço agora. porque eu não sou uma 'pessoa das 9 às 5'. eu gosto de regularidade, até o momento em que me entedio e quero fazer algo completamente fora do esperado (e não demora muito pra isso acontecer). por isso que o que eu faço serve para mim. estressa, tem dias que angustia porque dá a sensação de que nada vai dar certo, mas, no momento que você vê que deu, não tem como se sentir melhor. cada vez é algo diferente e dá um orgulho de si mesmo acima de qualquer coisa. e aí você quer fazer melhor ainda da próxima vez e rala mais ainda em cima e se estressa mais e precisa mascar ainda mais pastilhas de magnésia bisurada, mas vale a pena.
antes que você perceba, o seu estômago está mais neutro do que sabonete, mas isso não importa, porque você fez um trabalho bem feito e nada supera isso. nem mesmo (MUITO menos) um trabalho das 9 às 5.

sábado, 17 de novembro de 2007

Memorando de feriado



o feriado se arrasta e demora séculos para terminar e comecei a fazer o balanço do que foi feito até agora:

- 2 desenhos dos quais me orgulho bastante
- assisti ao 'click', do adam sandler... filme legal, você começa rindo, depois fica deprimido no final
- finalmente revi minha sobrinha e minha irmã
- passei mais horas na frente do computador do que seria saudável
- olhei pelo menos umas 5 vezes o site da climatempo na esperança de que fique mais quente
- me comportei como uma colegial adolescente de um jeito que eu nunca fiz quando eu FUI uma colegial adolescente (na verdade, pensando agora no meu passado, há 5 anos atrás, eu fui uma adolescente muito sisuda... eu era meio freak, acho)
- desejei tomar uma cerveja gelada num boteco pelo menos umas quatro vezes por dia
- joguei paciência, tanto no computador quanto com cartas de verdade (e me perguntei por que as pessoas não jogavam mais cartas como antigamente, sem ser jogos como pôquer e truco?)
- passei bastante tempo ouvindo música e pensando em relacionamentos passados, presentes e futuros... admito que estava ouvindo músicas de fossa enquanto fazia isso e sei como isso é coisa digna de "dawson's creek"... mas fazer o quê? combina com o momento... ninguém pensa em relacionamentos ao som de twisted sister!
- quis fugir de casa ao menos 3 vezes por hora
- achei e assisti à minha velha fita do 'fantasia', da disney... depois achei o 'fantasia 2000' e assisti a esse também
- encontrei uma velha chata no elevador do shopping, que reclamava muito das coisas. eu ficava pensando em como existem muito mais velhinhos chatos e cricris no mundo do que velhinhos legais que levam tudo numa boa... depois reparei que a mulher era daquelas velhas que mete o pau e todo e fica querendo feedback, ou seja: ela reclama, enche o saco e enquanto não para de tagarelar que nem uma matraca, fica olhando para a sua cara, querendo confirmação... odeio esses tipos de velhinhos...
- senti saudades de velhos amigos
- quis encontrar os novos amigos

e tudo isso ficando em casa quase que o tempo todo... ufa!


quarta-feira, 7 de novembro de 2007

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Me diga com quem tu te identificas e te direi quem és



ligo no gnt às três da tarde e está passando um programa chamado 'mulher procura', em que uma mulher de uns 29 anos que é uma bem sucedida hostess se diz desesperada atrás de um homem, uma vez que ela está há 6 meses solteira (aparentemente isso é muito tempo)...

no discovery home + health, eles têm um programa chamado 'solteira na cidade', em que, a cada temporada, mostram um grupo de mulheres solteiras procurando homens em uma cidade diferente dos estados unidos...

na mtv tem beija sapo... acho que dá pra passar reto por esse aí... me constrange comentar...

por mais que seja divertido, 'sex and the city' é um seriado que também mostra mulheres que basicamente não ficam sozinhas por muito tempo (só não é tão ruim porque pelo menos elas não estão procurando marido todo episódio)...


o que está acontecendo?

eu queria muito entender... o que não faltam são programas de mulheres procurando 'um novo amor'... urgh... sinceramente, me chamem de amarga, mas me entristece ver que, apesar de estarmos em um novo milênio, era de aquário ou o que quer que seja, ainda existem muitos programas mostrando mulheres que precisam de um homem do lado (sendo que algumas nem ficaram um mês sozinhas e já estão a perigo) e chegam num desespero tal que apelam para a tv. não vou dizer que não existam homens participando desse mesmo tipo de programa (como é o caso do 'beija sapo' e do 'a fila anda', da mtv, assim como no programa sofrível do márcio garcia que passa de fim de semana), mas eu acho um tanto quanto curioso ver como alguns estereótipos não foram abandonados. como o da mulher carente, numa visão quase digna de 'as pupilas do senhor reitor', que dizia que 'o casamento é a bússola da mulher'... levando-se em conta alguns tipos de homem que se vê atualmente, é mais garantido seguir a esmo.


por outro lado, me espanta também ver que os programas que mostram homens como completos babões boçais também não encontraram sua extinção. o caso mais patente provavelmente é o 'the man show' que passa no canal fx. do pouco que eu peguei do programa quando passei pelo canal de madrugada, vi que é algo do tipo 'homens feios num set que parece uma taverna, bebendo cerveja e amassando a lata na testa, enquanto ficam fazendo piadas intermináveis sobre funções fisiológicas e mulheres'. eu não duvido que existam homens de fato iguais a esses no mundo (assim como não duvido que existam mulheres carentes por aí), mas acho que é um pouco demais dedicar um segmento inteiro da programação de um canal para essas pessoas.


e o problema central disso tudo é algo muito simples: a estereotipação dos gêneros. apesar da clara evolução dos papéis masculinos e femininos, ainda vivemos num mundo em que mulheres precisam ser vistas como histéricas e homens como neandertais. no entanto devo reconhecer que, se por um lado o estereótipo feminino apenas nos mostra como (para sempre) o sexo frágil, pelo menos não somos tratadas como forrest gumps femininos. por que fato é: você pega uma propaganda de cerveja, o homem é um retardado. você pega um programa 'feito para homens', o homem continua um retardado (talvez a única coisa a mais seja o fato de que muitas vezes nesse tipo de programa você coloca esse sujeito mexendo com ferramentas elétricas, aí pelo menos você tem um retardado com coisas perigosas... isso é um programa mais interessante, afinal existe o elemento de suspense).


o mais interessante, no entanto, é ver que muitas mulheres reclamam dos programas e propagandas que colocam esta classe na categoria de 'amélia / carente / fútil / etc'... apesar de termos feministas há décadas lutando pelo espaço igual ao sol (vide guerrilla girls), ainda existe o sentimento de que há algo a se conquistar. mas eu não vejo muitos homens reclamando muito de como eles são representados em algumas mídias. das duas uma: ou não se importam ou acham que é isso mesmo. o primeiro caso é normal, o segundo é mais deprimente. porque se já é ruim ser visto como um completo idiota, pior ainda é ter amor à camisa.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

... E foi dada a largada do inferno astral!

do horóscopo mensal do uol que saiu hoje (sim, eu leio horóscopo... me processem!), previsão para sagitário:



Novembro costuma ser um mês de altos e baixos para o sagitariano. É que o Sol em Escorpião ilumina exatamente suas fragilidades, seus apegos e pequenezas, e você não gosta de mostrar e nem de expor isso. Algumas vezes, nem reconhece que sente tristeza, medo ou dor emocional. [...] Alguns sagitarianos se sentirão descontentes e até desencantados com sua vida espiritual. Um pique anterior que os carregava para mais longe pode agora ser visto como algo entediante e desinteressante. [...] Alguns sagitarianos precisarão ter mais controle pessoal diante das reações alheias. Assuntos ligados à família, dinheiro e posses compartilhadas poderão provocar constrangimentos. O apelo ao trabalho e o lado ambicioso de sua natureza irão na direção contrária do desejo de quem ama. Isto pode causar problemas na segunda e última semanas também. [...] Novembro não será o melhor mês do ano para você lidar com dinheiro. Alguns investidores deste signo poderão assistir reviravoltas em suas expectativas. [...]



ou seja... fudeu!

quer dizer, não fudeu de todo... a previsão não é toda ruim, mas deprime um pouco. não quer dizer que VÁ acontecer, mas mesmo assim... ai.