segunda-feira, 30 de julho de 2007

On the rocks


eu sei que eu vou atestar o óbvio neste momento, mas...
tá frio.
tá MUITO frio...
sério... tá frio pra cacete!
e o pior de tudo é que eu sou uma pessoa que, normalmente, gosta de frio...! pelo menos eu gostava, até começar a vir essa massa de ar polar que basicamente só carrega um vento gelado que condena a humanidade a desgraça e cataclisma!
o pior de tudo é que eu não sou a única fã de frio que ficou de porre desse tipo de frio... o saco cheio é generalizado, até por coisas fofas como essas:
... eu juro por deus que, quando eu saí de casa hoje, na primeira inspiração de ar que eu fiz, eu senti os capilares do meu nariz estourarem...
... você começa a medir os prós e contras de ir ao banheiro: por um lado, você vai ter o alívio imediato de algo que está te incomodando e pode até fazer mal se você segurar; por outro, quanto vale a pena você expor uma extensão considerável de pele a uma lufada de vento gelado, isso sem contar que você ainda vai ter que colocar as mãos na água congelada depois...
... você pode vedar a sua casa, tornar ela hermeticamente fechada, mas, de alguma forma, uma brisinha gélida sempre vai direto no seu rosto, vinda sabe lá deus de onde...
... conversando com as pessoas, dentro de casa, você consegue ver que sai vapor da sua boca... se bem que, de certa forma, até que isso é bem legal... não é normal, mas é legal...
... sempre dá aquela sensação esquisita quando você vai tomar banho, porque o seu pé está tão gelado que sente a água nem tão quente do chuveiro como se estivesse pelando...
... tirar o pijama para colocar roupas normais é um suplício. eu sou uma que está vestindo as roupas normais POR CIMA do pijama... pelo menos não faço que nem aquelas pessoas que fazem uma ginástica tentando se vestir embaixo das cobertas. quer saber? eu voto pra que as pessoas, em situações de frio que nem essas, possam sair de casa de pijama e cobertor! ou só de pijama! já tava quente lá, porque não manter?
... sua casa acusa temperatura de 10°C quando do lado de fora tá 6°C... e a sua sensação térmica é de -20°C... isso que dá a gente ser um povo de país tropical... cai a temperatura e a gente não agüenta...


mas é claro que os pontos altos do inverno continuam... poder assistir filmes no sofá debaixo das cobertas, tomar sopas gostosas e, o meu favorito, tomar chocolate quente... se mais alguém gosta, eu sugiro tomar de duas formas: uma, fervendo o leite e adicionando um pouquinho (bem pouquinho) de maizena... o chocolate fica cremoso (mas não é pra ficar um mingau grosso)... ou então com uma pitada de canela pra poder ressaltar o sabor... eu gosto de usar aquele chocolate do padre, por mais que me falem que aquilo é pra fazer cobertura... dane-se! fica muito bom no leite!


bem, é isso... então assem uns biscoitos, preparem um chocolate quente, se afundem no sofá e assistam indiana jones, de volta para o futuro, clube dos cinco, lambada ou o que for... nada combina mais com frio e sofá do que filmes dos anos 80!

até, pessoas!

sábado, 21 de julho de 2007

De volta... No Ritmo Proibido!!!

olás!

dado que o meu computador começou a se curar meio que misteriosamente, decidi não abandonar o navio e ficar por aqui pra ver o que acontece. e, já que era pra voltar, decidi marcar meu retorno de pouco mais de uma semana com uma resenha/narração de história sobre um filme que eu tive o prazer de ver hoje à tarde no VH1......




LAMBADA!


eu sei que vocês vão dizer: "nossa, é aquele filme horrível sobre a princesa amazônica que vai salvar a tribo de uma multinacional usando a lambada como arma?! nããão, meus caros... o buraco é mais embaixo. na verdade, este erro é muito comum porque (descoberta graças a uma rápida pesquisa no wikipedia) dois filmes de lambada foram lançados no mesmo ano. este que eu vou resenhar e o da princesa, que foi igualmente um fracasso. então, vamos lá!


devo ser sincera: eu tenho um gosto absurdo para ver filmes que são espetacularmente ruins. é um prazer quase doentio que me faz ficar duas horas perdendo tempo vendo atores ruins e roteiros mal formados. no caso de 'lambada', não só o tema 'beto barbosa' me atraiu, como o fato de que certas pérolas do fim dos anos 80 e começo dos anos 90 simplesmente não podem passar batido.
para começar, eu já achei bastante espirituoso da parte do pessoal da VH1 a decisão de colocar este filme no ar, na seção do 'movies that rock'. normalmente, eles colocam filmes muito bons ali, como 'clube dos cinco', 'rocky horror picture show', 'curtindo a vida adoidado', 'grease', e por aí vai... colocar 'lambada' no meio disso foi realmente um gesto que mostra que o pessoal do canal não está muito interessado em se levar extremamente a sério. ótimo! porque de outra forma seria muito mais difícil ter acesso a filmes como esse.
ah, e eu acho que é já bom adiantar que, para economizar espaço, eu decidi deixar subentendido em várias partes a frase "não, é sério, eu não to brincando" ao longo desse texto.

o filme começa numa escola de beverly hills, cheia de rapazes psuedo-miami vice e meninas que, para os padrões dos anos 90, deviam ser consideradas deusas (uma coisa só me incomodou muito nesse começo de filme, que foi eu ter entendido que aquilo era um colégio só depois de 10 minutos, pois os alunos tem cara de 28 anos). um novo professor de matemática foi contratado e o nome dele é kevin laird. também conhecemos a patricinha sandy (qualquer relação com grease aqui é mera coincidência), que, já sabemos, só apareceu no começo do filme porque é a protagonista e vai aprender uma grande lição nesse filme. ela namora um imbecil, dean, um dos caras populares do colégio (o que, nos padrões de hollywood, é um galinha que usa jaqueta do time da escola, anda de carro esportivo, é racista, usa cabelo de poodle e é mau ator).
um detalhe importante sobre laird é que ele é pobre, como eles deixam claro no fato de que seu carro não é tão bonito quanto o dos outros (mostrando que, apesar de trabalhar num colégio particular, ele é trabalhador e humilde). já na primeira aula de laird, você vê os alunos mimados bocejando, o nerd da sala (também, sempre caracterizado pela gravata, óculos feios e cabelo tosco... grande waldo! estabeleceu novos paradigmas) é o único que responde as perguntas, e as alunas (incluindo sandy) só ficam reparando no traseiro do professor com cara de clark kent, que a câmera decide dar um close pra que VOCÊ TAMBÉM aprecie a vista! sandy dá uma cantada no professor, que dá um fora e fica por isso mesmo.
kevin laird tem uma bela casa. kevin laird tem uma bela família. uma esposa que ama e um filho legal. tudo isso para que você saiba sempre que kevin laird é um sujeito boa praça... até que a noite cai.
à noite, os riquinhos vão pro drive in passar o tempo e tomar pepsi diet ou sorvete (?????). sandy vê dean dar em cima de uma garota, larga ele lá e vai com uma amiga e duas versões mexicanas do chico bam e chico bum pra uma boate chamada no man's land. o lugar fica numa boca em los angeles e lá você vê que as coisas não são mansinhas como em beverly hills... pois o que rola é o ritmo proibido... a LAMBADA! [segue-se mais ou menos 10 minutos de música com homens e mulheres de esfregando e girando, tendo na maioria dos takes closes quase invasivos da bunda das mulheres usando roupa de trabalhadoras da noite do centrão]
mas sandy não está sozinha na boate. antes dela, chegou ninguém mais ninguém menos do que o PROFESSOR LAIRD (que, na noite, se chama, na verdade, blade)! e lá está ele, se friccionando numa vagaba qualquer (aí você se pergunta o quanto ele valoriza o próprio casamento... porque, para alguém que só dança, ele faz movimentos pélvicos com uma mulher montada nele de forma bem convincente), vestido de motoqueiro e arrasando na lambada! sandy se assusta por ter visto o professor e vai embora. depois disso, você vê blade juntando um pessoal da boate e indo para uma sala com mesas de sinuca e uma lousa. aí você descobre a outra novidade (essa realmente assustadora): blade ensina MATEMÁTICA pro pessoal que sai de balada! nessas horas você vê como esse filme é errado: primeiro que um sujeito de 30 e poucos anos e casado sai toda noite pra dançar lambada com um povo com metade da idade dele - tudo isso para que ele possa se misturar ao pessoal; segundo que a balada do gueto hispânico é LAMBADA, AULA DE MATEMÁTICA e tudo isso regado a muita PEPSI... deve ser muito deprê ser pobre e imigrante ilegal em los angeles...
a visão de laird/blade mexeu tanto com sandy que ela começou a desejar intensamente o professor - com destaque para um sonho acordado da garota, em que ela se imagina dançando lambada em cima da moto com o professor. assim, uma noite depois, ela passa por uma transformação, se veste de tramp e vai pro no man's land tentar a sorte com blade. obviamente, ao ver a aluna e notar o que ela está tentando fazer, ele dá um chega pra lá nela, o que é observado de longe por ramone, um cara que, só porque blade quer que ele estude também e é o cara mais popular e cool do clube de lambada, não gosta dele. depois de muito insistir, sandy dança com o professor, mas ele acaba logo com a graça dela e a leva pra fora (não antes de você descobrir que, primeiro, kevin laird é filho adotado e é mexicano, sendo que o nome dele original era carlos gutierrez; como também você fica sabendo que ele fez parte de gangues no passado... sério, esse filme tem MUITA reviravolta surpreendente!).
a família de blade laird sabe da sua vida dupla, no entanto. quer dizer, sabem pelo menos de uma parte. sua mulher sabe sobre as aulas e o filho sabe que o pai sai à noite porque tem um 'trabalho especial', mas laird é bem espertinho omitindo a parte sobre atrito pélvico que vem antes do ensino...
nas cenas seguintes você vê sandy continuamente ignorando dean, apesar dos pedidos seguidos de reconciliação do rapaz e aqui eu vou dar um destaque todo especial para a cena mais significativa do filme todo:
durante a aula no bar nos fundos do clube, blade é interrompido por ramone que quer jogar sinuca. blade, então, decide explicar para ramone que, para que ele acerte a sua tacada, saiba o que é o sistema de coordenadas retangulares. aí, segue-se um momento no melhor estilo 'donald no país da matemágica', com o professor explicando como você define o ângulo para acertar determinados pontos da mesa e encaçapar a bola. ele, obviamente, é desacreditado por ramone, que, mais obviamente ainda, se ferra ao ver a bola 8 caindo na caçapa. essa cena mostra ramone ficando pasmo em notar como ele está errado, por mais que ele nunca vá admitir isso perante todos, afinal, ele tem uma reputação de bad boy latino a zelar.
após essa cena, vem um momento completamente gratuito na escola particular stonewall, em que os alunos estão mexendo num programa de computador. quando laird sai da sala, dean tira sarro dos computadores e isso mexe com os brios do nerd. mas, para não apanhar, este aperta um punhado de teclas e uma música mixada muito ruim começa a tocar e os alunos, completamente do nada, começam a dançar um funk muito do vagabundo, que serviu só pra mostrar nesse filme que brancos não sabem dançar. apesar de coisas como essa, a sala de laird é tida como a que possui o melhor rendimento... vai entender...
laird pediu segredo para sandy e ela concordou em guardar, mas isso não a impediu de avançar sobre o professor, seja na sala, seja no carro dele. ela acaba abrindo o bico para a amiga leslie, que também jura segredo. é claro que isso não vai durar muito tempo. numa noite em que sandu está indo para a no man's land, dean liga para ela e leva um fora. revoltado, ele liga para leslie e marca um encontro. ele fica se lamentando que não sabe porque sandy mudou e leslie acaba mencionando o no man's land. dean chuta a menina pra fora e sai em disparada.
na boate, sandy tenta DE NOVO dar em cima de blade, mas dessa vez ramone a puxa para dançar e, no meio tempo, blade vai embora, chamando os alunos da galaxy high (nome dado ao grupo que tem aulas nas mesas de bilhar) para entrarem num ônibus e eles partem. sandy dá por falta de blade e pergunta onde ele está. ramone sussura algo no ouvido dela, a garota fica chocada e imediatamente vai embora.
o ônibus da galaxy high chega em stonewall e os alunos entram na sala para fazerem um simulado (cara, essa gente vive perigosamente! nada anima mais a minha noite do que fazer ENEM...!). eles ganham camisetas - feias - escrito 'galaxy high' e, dada a animação dos estudantes com algo tão malfeito, você começa a acreditar que eles são mais carentes do que aparentam.
enquanto isso, dean chega na boate. três pseudo-malandros latinos chegam e dean os paga para cuidarem do carro, mas chama um de 'paco'. má idéia. ao entrar para saber onde está sandy, ramone (que antes estava escondido estudando, lápis e transferidor na mão) fala, só de filha da putice, que blade a levou para o colégio stonewall. não demora muito até o dono do lugar dar um pito em ramone dizendo que laird acreditava no potencial dele e o rapaz de arrepende e decide consertar a merda que fez. ao voltar pro carro, dean vê que ele foi pichado. em pânico com o ato violento dos nativos, ele saiu desesperado, aproveitando para ligar do telefone em seu carro para os amigos.
dentro do colégio, sandy vê, do lado de fora, os alunos de blade fazendo a prova e, ao notar que ela está lá, ele a convida para entrar. depois, ao saírem todos, ela expressa sua admiração pelo professor e sua transformação de patricinha irritante para pessoa altruísta e consciente da injustiça na diferenciação de classes... isso é a lambada tornando este mundo um lugar melhor. mas o clima vai ser quebrado quando dean e seus amigos chegam pra descer porrada em blade laird por supostamente existir um caso professor/aluna. ramone chega e começa uma cena de luta constrangedora, em que os valentões de dean apanham feio, mas a polícia chega para colocar ordem na bagaça.
isso leva à demissão de laird, mas sandy não vai deixar que isso fique dessa forma. ela tenta de várias formas que a escutem, até que ela junta os alunos do galaxy high e os leva até a sala do diretor, onde está o superintendente do colégio, que, impressionado com o trabalho de laird pré-flagrante, decide dar para o professor uma segunda chance, na forma de uma aposta: se ele for tão bom, vai colocar frente a frente para uma gincana de matemática os alunos da stonewall e da galaxy high que estavam envolvidos diretamente com a confusão que ocorreu antes.
surge a cena clichê em que os idiotas da escola particular enfrentam os humildes alunos das ruas e a disputa é acirrada. eu ainda fico meio passada de pensar que o filme de lambada usa a dança apenas como pano de fundo para dizer que matemática é divertida e que, só estudando, você vai ser alguém na vida. mas, voltando, o placar fica 7 a 7 e, quem fizer o oitavo ponto ganha. de todos os alunos da galaxy high, ramone era o que estava com o maior medo de ir responder. depois de muita hesitação, ele vai, tendo dean como oponente. a pergunta é: explique o que são coordenadas retangulares. laird tira, inexplicavelmente, uma bola 8 da mala e ramone se lembra, responde de uma forma meio torta, mas acerta. o diretor tenta sacanear e dizer que a resposta está inaceitável, mas o superintendente o corrige e a justiça prevalece. laird sobe ao palco e conta a sofrida história de sua vida e os alunos rivais se abraçam e decidem deixar as diferenças de lado, especialmente quando um cara surge do nada e grita 'vamos festejar!', o que leva à cena final, como todos dançando lambada do lado de fora do colégio, no meio da chuva (???). conforme os créditos passam, você vê como a lambada e o ensino levaram os alunos da galaxy high a subirem na vida, virando professores, estilistas, técnicos e economistas...

mas há coisas interessantes que eu descobri após assistir a esse filme. uma delas foi que a atriz que faz sandy é, atualmente, quem aparece como trudy, a mulher de adrian monk, o detetive da série de tv! além disso, boa parte dos atores desse filme nunca apareceram em mais nada relevante no cinema ou na tv desde então. além disso, é interessante que, sempre que falam em lambada, dizem que é a dança que já foi proibida no brasil, quando, na verdade, o MAXIXE havia sido proibido aqui na década de 20.

bem, é isso. se puderem, assistam esse filme na VH1... vale cada minuto! até, pessoas!


ATUALIZAÇÃO 28/07: caso alguém se sinta MUITO ansioso para ver o filme, dá para comprar o DVD no site da Submarino!


atualização 05/08: achei o trailer! que perfeito!!!



segunda-feira, 16 de julho de 2007

Estamos fora do ar...


... mas voltamos em breve...

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Alone in the dark


mal ae pelo sumiço! sumi também do última edição, mas pretendo me redimir o quanto antes...
caso é: meu computador está uma bosta. com neon e letras góticas. tá mal num nível que eu to escrevendo esse post muito rápido pra ver se ele não acaba reiniciando... e reiniciando DENTRO da reinicialização (tá NESSE estado a desgraça)! sei lá o que tá havendo, mas o blog vai ficar meio suspenso por uns dias até eu poder consertar aqui e tudo voltar ao normal... mas eu volto, prometo.

até, pessoas!

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Garotas Ford


é interessante ver como, de uns anos para cá, a estética feminina ficou mais específica e também mais cruel. cada vez mais você vê mulheres que parecem ter saído de uma fábrica da mattel e isso me faz pensar: para que(m) essas pessoas fazem isso? de verdade?
há uns 50 anos atrás o padrão de beleza era uma marilyn monroe, mulher de manequim 42. se você observar qualquer imagem de pinup, você nota como, em 1950, o padrão estético era muito mais com os pés na realidade. era fácil querer ser uma daquelas mulheres simplesmente porque era fácil SER uma daquelas mulheres. hoje o que eu mais vejo são projetos de mulheres, ideais absurdos de garotas esquálidas, sem graça, sem viço, sem nada. e, logo atrás, uma multidão de outras mulheres que saem desesperadas para ficarem parecidas com as primeiras.
nessas horas eu nem tenho como contra argumentar com aquelas que têm um pinguinho de feminismo nas veias e reclamam que 'não vale a pena ficar fazendo um esforço absurdo para parecer uma boneca barbie e suprir o fetiche superficial de um homem que não fez nem metade do que você fez para ficar bonita'. não acho que uma mulher se arrume SÓ por um homem (talvez uma mulher MUITO desesperada... e, mesmo assim, a maioria dos homens sequer repara em algumas coisas que nós fazemos!), mas é fato que não nos embonecamos só para nós mesmas... pode não ser uma questão de 100% de opinião alheia, mas pelo menos uns 5% de nós sentem um prazer por se sentir notada. o que também não é crime nenhum, afinal, não tem absolutamente nada de errado em gostar de se sentir apreciada por outros. é uma massagem de ego. todos gostamos da confirmação alheia de que estamos/somos bonitos.
o que é errado é se guiar APENAS por isso. até porque nunca se deve confiar plenamente no que os outros acham que é belo. eu estava vendo esses dias um daqueles programas da MTV americana que mostrava um colégio normal de lá e é absurdo como naquele microcosmos as aparências contam. e num nível que leva garotas de 15 anos a irem absurdamente maquiadas para assistir a aula de manhã! e, se nós pararmos para considerar, aqui as coisas não são muito diferentes. eu defendo um pouco de vaidade, mas fico meio abismada quando vejo garotas com um corpo completamente normal (e, justamente por isso, bonito) apelarem para dietas e máquinas que 'não são magia, são tecnologia' só para chegarem num objetivo completamente abstrato de forma ideal. elas acabam mais feias, normalmente. os casos mais claros são a lindsay lohan e a amy winehouse. assim como aquelas que fazem cirurgia plástica (quando não têm nada de feio no rosto ou corpo) e perdem características que normalmente eram o que as tornavam bonitas de verdade.
eu admito que sou uma que não se aceita completamente como é, mas o processo é lento. eu tenho a consciência de como sou e que, olhando pelo geral, não tá nada mal. mas, sabem como é: nunca se está satisfeito com o que se tem. por isso eu estou buscando, pouco a pouco essa aceitação. porque isso acaba sendo o que revela realmente a pessoa bela: o auto-reconhecimento da beleza. é um processo complicado, porque não vem só da questão física, vem até de uma aceitação de personalidade (quantas vezes já não nos achamos bons ou cools o suficiente para os outros? pensamento meio nada a ver, mas acontece), mas, quando acontece, a mudança é absurdamente clara. porque você não está nem aí se os outros te acham bonito ou feio, você está feliz do jeito que está. e é a criação dessa auto confiança que acaba, involuntariamente, trazendo a admiração de fora.
eu sei que eu estou soando meio que nem propaganda da dove, mas é meio triste ver como a beleza foi se tornando algo cada vez mais desprovido de identidade e unificador. eu sei que desde milhares de anos atrás existiam padrões estéticos que já tornavam algumas mulheres parecidas, mas nada que parecesse tão fordista como hoje em dia. você se diverte arrumando o cabelo e fazendo limpeza de pele? ótimo pra você! no entanto só faz isso porque alguém vai notar? sai dessa vida! cuide de si, mas não viva em função disso.

terça-feira, 3 de julho de 2007

Num pacote melhor



coisa interessante que eu notei recentemente: as visitas ao blog aumentaram bastante depois da reformulação. não sei ainda a minha opinião a respeito disso. que o visual mais elaborado ajuda a chamar mais a atenção, eu não tenho dúvida, mas admito que sinto certa dó dos posts da época do limbo "template TicTac" do Blogger. afinal, não foi culpa deles que as visitas eram mais escassas, mas sim daquele fundo verde tosqueira (com todo o respeito para com o designer dele).

com fundo melhor ou não, continuem visitando!
até, pessoas!