terça-feira, 22 de dezembro de 2009

contexto é tudo nessa vida

créditos de Comics make no sense

me deu uma nostalgia esses dias dos meus 12 anos. decidi ouvir as músicas que eu sentia falta: republica, offspring, spice girls, backstreet boys, 5ive... engraçado que, tirando os dois primeiros, o resto é muito MUITO ruim quando fora de contexto (ok, talvez spice girls seja ainda mais palatável)...! vale a memória afetiva, e só... fica a demonstração abaixo pra comprovar:




OBS: e eu ainda era apaixonada pelo kevin richardson...

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

referências, trailers e otras cositas más

há uns 3 dias estou sem muita coisa para fazer no trabalho, então comecei a fuçar na internet, coisa que não faço com muita vontade há pelo menos uns dois anos. nesse meio tempo, coletei uma série de coisas bastante interessantes que achei que valiam à pena serem compartilhadas.

a primeira delas é um site que deve ficar nos favoritos de todo mundo que gosta de ilustração e quadrinhos: o drawn!.



esse é um blog coletivo que reúne diariamente alguns dos melhores ilustradores, animadores, quadrinistas, isso sem contar algumas outras referências online sensacionais referentes à área. na verdade acho que um dia e meio meu foi só fuçando nesse site e peneirando o que eles disponibilizavam ali.

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outro site sensacional (que eu só achei via drawn!) foi o clients from hell. a proposta dele é muito parecida com o iamneurotic: depoimentos pessoais e anônimos, neste caso, contando histórias que todo mundo que trabalha com clientes já conhece, em específico, designers, ilustradores e afins.

uma das minhas favoritas é: "Are you nuts? How are you going to map out an entire website plan on a piece of paper? You’re going to need a piece of paper that’s bigger than this entire building! That would have to be the biggest piece of paper ever made probably!"

OBS: dentro da mesma categoria, vale à pena dar uma olhada no 'malditos designers', tirinha publicada toda semana no ideafixa.

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essa semana apareceu um site que é interessante pra todo mundo (especialmente garotas) que já teve aqueles cadernos de perguntas e respostas no colégio: o formspring. nele, pessoas podem fazer perguntas exibindo o seu perfil ou anonimamente, e você vai respondendo. depois, se você tiver uma conta no facebook, pode publicar as respostas. como eu sou vítima do hype, tenho um, mas duvido muito que vá manter por muito tempo (afinal, é só ver como eu atualizo esse espaço com freqüência ou como meu twitter fica permanentemente às moscas).

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sou só eu que achei o trailer do sherlock holmes muito melhor que o do homem de ferro 2?







por ora isso é o que eu acho que já pode alegrar o fim de semana... hasta!

domingo, 18 de outubro de 2009

what happened to our summer?


eu sei que estou ficando repetitiva, mas eu PRECISAVA falar do '500 days of summer'... acho que deve ser um dos melhores filmes que eu vi este ano, com certeza. desde a trilha, diálogos, enredo, cenografia, figurino, atuações, eu não vejo uma coisa que eu não goste nesse filme.

a história começa com um narrador em off que participa em determinados momentos da trama dizendo 'esta é uma história clássica de um garoto que conhece uma garota'. o garoto em questão, é tom hansen, que acredita que nunca seria feliz se não encontrasse a garota da sua vida. e a garota que ele conhece é summer, uma completa anti-romântica. antes que a história continue, o narrador alerta 'esta não é uma história de amor'.



de fato. o que se segue é uma narrativa alinear que começa com o rompimento dos dois. assim, você já sabe que eles não vão ficar juntos, mas vai entender o caminho percorrido desde o primeiro contato até lá. como tom se encanta por summer desde o primeiro instante e, levado pela crença em destino e contos de fada, cria para si a idéia de que ela é a mulher feita para ele. conforme os dias vão passando, eles passam por todas as fases de um reconhecimento que vira algo mais, com as dúvidas, inseguranças e antecipações características (todas por parte dele). quando finalmente summer toma a iniciativa e eles começam a ficar juntos, ela já o avisa que não quer ser namorada 'nem nada' de ninguém. ele aceita, mas aos poucos não se sente bem nessa posição. eles brigam, discutem. e esta situação, que para ele é normal, para ela é motivo suficiente para terminar. em um restaurante ela dispara: 'acho que não devemos nos ver mais'. depois do choque, começa o processo de cicatrização de tom, que é doloroso e lento.

dentre um dos grandes méritos deste filme, eu acho que o que mais se destaca é a sua abordagem mais sincera, sem muitos floreios. é uma comédia romântica, mas não é 'bridget jones'. e também é um filme anti-romântico, mas não é 'closer'. seus personagens são reais, críveis e, sobretudo, NORMAIS. não existe supersaturação nas atitudes, ninguém representa um tipo. assim como as emoções de tom são exageradas, mas nada diferentes das de qualquer pessoa que tenha se apaixonado (o que é demonstrado especialmente numa seqüência absolutamente sensacional de dança ao som de 'you make my dreams come true' de hall & oates). mesmo o figurino é completamente sensato, fugindo da tendência atual de personagens que ganham salário de fome, mas usam chanel. até mesmo para combinar com zooey deschanel, o figurino de summer parece ter saltado de um brechó. e um detalhe interessante sobre isso: em uma entrevista, a figurinista, hope hanafin, comentou que summer só usa azul (e ninguém mais no filme). o único momento em que outras pessoas usam azul é na cena musical, pois tom está tão apaixonado que ele abraça o símbolo que é summer e permite que isso dê, literalmente, o tom do seu mundo.

falando na música, a trilha sonora deste filme é permeada com músicas dos smiths, wolfmother, carla bruni, temper trap, pixies, clash, e por aí vai. esta trilha é a sutileza que completa as cenas: considerando que o relacionamento de summer e tom começou por uma música (ambos eram fãs de smiths), nada mais natural do que aplicar a idéia de que 'a vida deveria ter trilha sonora' neste caso. no todo são músicas delicadas, que não se sobressaem, mas pontuam bem as fases do casal não-casal. nem todas estão na trilha sonora oficial, então recomendo uma visita ao site do filme pra ver até mesmo outras sugestões que são dadas que valem a pena pesquisar na internet.

um dos motivos porque eu quis ver esse filme era a presença da zooey deschanel (que aqui faz uma personagem que não é radicalmente diferente de outras que ela já interpretou). joseph gordon levitt, no entanto, foi uma surpresa agradável. até então eu só lembrava dele no '3rd rock from the sun' e no '10 coisas que eu odeio em você' e, além da semelhança física meio assustadora com heath ledger, não achava que ele tinha nada de excepcional. seu tom hansen é adorável, divertido, carismático. e as cenas nas quais ele está com os seus amigos (McKenzie e Paul) rendem os melhores diálogos do filme.

estou indicando '500 days of summer' (que aqui ficou como '500 dias com ela') para todo mundo que eu conheço. dificilmente alguém não vai gostar. especialmente porque, se o que se vê não é um filme romântico, com certeza é um filme que dá muito o que pensar sobre como vemos o amor.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

como ler o tempo da mesma maneira:

68 semanas...
476 dias...
28560 horas...
1713600 minutos...
102816000 segundos...

todos representam o mesmo tempo no qual a felicidade foi complementada... a maior alegria reside naqueles que trazemos para a nossa vida.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Enquanto a primavera não chega...

na lista de filmes que eu quero ver e acho que só vão estrear na mostra internacional de cinema, esse é o mais aguardado (tá difícil achar pra baixar o torrent!):


segunda-feira, 22 de junho de 2009

Me perdoem por ter esquecido de comentar...



... Mas ontem eu apresentei uma palestra junto com a minha dupla dinâmica, Paula Aviles, no Ziguezague, evento de moda e arte que acontece paralelo à SPFW. As desculpas são por eu não ter divulgado nada aqui e, considerando que muita gente não tem o meu email (logo, não tem outro meio de falar comigo senão pelo blog), foi uma bola fora tremenda.
Apresentamos nosso TCC, "o Vestido", na frente de uma platéia lotada. Devo dizer que foi um daqueles momentos que você tira uma foto mental pra guardar pro resto da vida, porque foi algo que me deu orgulho de verdade de ter participado. Primeiro, por termos conseguido superar o nervosismo e falado bem, dentro do tempo, sem atropelo nenhum e de forma a citar todas as partes importantes do trabalho. Segundo, por tanta gente ter gostado do nosso trabalho. Eu sei que isso vai soar a coisa mais brega do mundo, mas ser brega às vezes é legal: essa segunda parte foi a que valeu mais à pena. Foi meio o que eu disse para a Paula:

Estou orgulhosa demais do que a gente fez... Não só hoje como desde o começo do trabalho. Se você parar pra pensar, a gente conseguiu fazer esse trabalho acontecer sob condições bem complicadas (tempo curto, falta de experiência com moda, grana contada, troca de orientador...) e mais, conseguimos fazer um trabalho que ficou tão bom que não só participou do Ziguezague como, pelo que eu vi, agradou muito quem foi assistir a gente. Eu sinceramente acho que isso é um ótimo sinal, o de que tem muito mais coisa boa vindo por aí.

Espero que isso seja uma profecia.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

o discreto charme do moleskine...



semana passada chegou o meu primeiro moleskine... lindo, vermelho, 12 reais (graças à ótima amazon e suas livrarias associadas, que vendem moleskines pequenos vermelhos a partir de 6 dólares)! lembrando de tantos amigos meus que têm os tão queridos caderninhos, eu me vi travada quanto ao que colocar. afinal, é um moleskine e, por mais que um caderno seja sempre um caderno, ESTE em específico é bem mais caro, então é necessário fazer o esforço valer o papel.

depois de uma crise de identidade mensal que eu tenho devido à tpm, decidi hoje me sentar na cadeira, pensar por uns minutos e planejar o que eu ia fazer. comecei tentando fazer um retrato e estilizando com nanquim e ecoline (e ficou parecendo uma mistura de björk com o vocalista do tokyo hotel, mas beleza), depois tentei me aventurar por outras coisas, arrisquei outros traços e fiquei feliz com o resultado. é engraçado, mas, quando você começa a desenhar nele (especialmente em páginas seguidas), de repente dá uma vontade de desenhar o caderno inteiro, jogar tinta, rabiscar o que der e não der... não sei se o charme vem de toda a história do caderno, do fato de que o papel dele vale cada centavo (eu encharquei as páginas de nanquim e não vazou, é assustador), ou que o amarelado das páginas, a encadernação, o formato em si, dão um ar mais pessoal, fazendo parecer que tudo o que você coloca nele tem um significado mais especial.

meu desafio maior, no entanto, é NÃO escrever no caderno. eu já tenho um caderno de desenho e a primeira coisa que eu fiz nele foi escrever. quero ver se consigo superar o vício com o moleskine. acho que consigo pois, pelo mesmo motivo que não dá pra fazer desenho podreira nele, eu tenho um cuidado maior para desenhar. é meio que o mesmo efeito que tem um desenho quando se faz com caneta: você sabe que não dá pra errar porque não tem volta. no moleskine, você sabe que não dá pra errar porque o caderno é muito caro. acho que é por isso que na primeira página vem escrito 'in case of loss, please return to... as a reward...'; afinal, realmente, se você tem um caderno que custa quase 50 contos e você se deu ao trabalho de colocar o melhor do seu trabalho nele, a perda deve ser motivo pra sentar na rua e chorar.

bem, eu tendo desenhos um pouco melhores (e em maior quantidade) eu posto aqui... até mais, pessoas!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Comecei a escrever na segunda, terminei na sexta....


sou uma pessoa de poucas manias na internet... normalmente, minha rotina virtual é:

- entrar no papelpop

- checar emails

- ver como tá o blog e o meu deviantart

- assistir ao último episódio do daily show no site do comedy central

pois bem... estou há umas duas semanas atrasada para ver os episódios, mas nada temo, porque sei que estarão todos lá, disponíveis para stream e gratuitos. no que eu clico no botão 'full episodes', me deparo com uma tela dizendo que não posso mais ver os episódios do the daily show porque eu não sou residente dos estados unidos. péssima atitude da viacom, detentora dos direitos sobre o comedy central, canal que exibe o TDS. segundo eles, os episódios não são mais de exibição aberta pois os patrocinadores não possuem expressividade fora dos estados unidos (descobri que o principal é a mastercard... ao que me consta, nós usamos cartão de crédito e débito deles... wtf?). tudo bem. agora eles terão que enfrentar a ira dos fãs não americanos que estão absolutamente indignados, e com razão. para mim, os episódios completos e de graça eram interessantes especialmente porque quem não mora nos estados unidos só tem como assistir normalmente ao programa na tv* (a não ser aquela compilação porca do melhor da semana que nem se compara às 4 exibições semanais). mas nada temam, aqueles que são viciados numa dose diária de jon stewart: procurando com um pouco de afinco no google, dá pra achar umas alternativas pra ver o TDS e, melhor, sem infringir nenhuma lei.


* lembro bem do episódio com o jon stewart falando como o daily show era um programa superior porque podia ser visto de graça por qualquer um no mundo... pois é....

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e ultimamente eu tenho ouvido pelo menos uma vez por dia as músicas do lonely island, banda do comediante andy samberg que despontou no saturday night live com o clipe lazy sunday. devo dizer que eles representam uma mudança benéfica no humor cansativo do snl, mas eles são só uma parcela e já fazem mais sucesso sozinhos. no fim é uma relação na qual os dois lados se beneficiam, porque eles conseguiram lançar um álbum graças à divulgação pelo snl, e este conseguiu recuperar e renovar um pouco o seu público.

vou deixar aqui meus dois vícios desta semana: o vídeo do rap da natalie portman e o trailer de 'the fast and the bi curious' com seth rogen:








sexta-feira, 8 de maio de 2009

a semana em tiras


Tira aleatória que eu achei no Google (mas que pareceu apropriada)



quinta-feira, 30 de abril de 2009

lembrar é viver

estou mais menininha do que o normal ultimamente (acho que o último post mostra um pouco isso). e estou mais nostálgica. finalmente eu entendo as pessoas de mais de 30 anos que cantam apaixonadamente músicas de 20 anos atrás. são símbolos de boas épocas nas suas vidas, então a música tem um significado muito mais especial do que só pela sua melodia/letra/etc. assim, eu e um amigo nos aventuramos a lembrar algumas pérolas (algumas boas, outras ruins) que fizeram parte da nossa infância e adolescência (vale considerar que em 1992, por exemplo, eu tinha 5 anos)... o mais engraçado disso tudo é que isso me lembra muito as viagens de carro que eu fazia com a minha família quando criança, até porque a gente tinha cd de quase toda essa gente:





outra observação: pink, do aerosmith, ainda é uma das minhas músicas preferidas... e vai dar pra notar que eu misturei aí umas músicas que são mais óbvias com outras que as pessoas tendem a esquecer (ou preferem nem lembrar)...

enjoy!


sexta-feira, 3 de abril de 2009

Hi and Lo




mulherzinha que sou, sou meio rata de artigos de moda a baixo custo. essa semana, uma vendedora gostou de um colar de pérolas que eu comprei e me perguntou onde eu havia adquirido a peça. levando em conta que eu estava na oscar freire, ela já achou que eu ia soltar um 'nova york', afinal, as consumidoras médias dali saem garimpando coisas pelo mundo - bom retiro não é um destino visado em alguns poucos casos -, mas, para a surpresa dela, falei que havia comprado de um camelô (uma 'cameloa', pra ser mais exata) na rua augusta, perto da galeria ouro fino. o valor do tal colar? 25 reais. sendo assim, lembrei dos meus antigos dias da faculdade quando eu era meio que uma conexão-bazar para as minhas amigas e decidi colocar alguns links interessantes para quem é consumista baixo orçamento que nem eu:


Bleu Dame
e Giant Vintage - sites muito bons para quem quer comprar óculos e pagar pouco. O primeiro foca nos óculos mais hypados por aí e ainda vende réplicas dos óculos usados por celebridades (eu acho que isso é meio cafona, mas, se a sua motivação não é sair por aí copiando outra pessoa, tem opções bem interessantes. O segundo tem óculos de tudo quanto é tipo, uma variedade em esquisitices bem maior que o Bleu Dame, muitos óculos sendo vintage ou apenas inspirados em óculos das décadas de 70 e 80. A faixa de preço deles é o principal atrativo: na Giant Vintage, você pode chegar a pagar 20 dólares (isso incluindo a taxa de envio de 8 dólares; dá mais ou menos uns 50 reais) por um óculos que muito provavelmente você viu modelo igual na Chilli Beans por 120 reais (e olha, não é por nada não, mas foi-se o tempo em que a Chilli Beans era em conta... Hoje em dia você só vê óculos na faixa de preço de quando eles começaram quando faz parte da linha infantil). A Bleu Dame transita na mesma linha, com óculos a preços camaradas e com design diferenciado.

Bazar Pop
- blog muito bom pra quem quer achar bazares, liquidações e várias marcas com preços reduzidos. Além disso, algumas vezes o próprio site faz algumas promoções internas e você pode concorrer a bons brindes. E as colunas com resenhas sobre maquiagem escritas por Helena Longo sempre valem muito à pena conferir.

Cherry Culture - site muito bom com maquiagens baratas. O mais legal, de longe é que vende NYX, marca que apareceu aqui no Brasil há não muito tempo atrás (quem já foi no Shopping Paulista já deve ter visto o quiosque deles)... Assim, se você tiver cara de pau o suficiente, pode conferir as maquiagens de lá, memorizar as cores de sombra, batom, etc que gostou e depois comprar pelo site. E acredite, a diferença de preço é grande: o trio de sombras, que, aqui eu me lembro que custa uns 60 reais, pelo Cherry Culture fica por 5 dólares, o que dá menos de 15 reais.


Não são muitos sites, mas já são bons para começar a filtrar segundo o seu gosto (e poder aquisitivo)... Eu vi na Vogue uma matéria sobre sites que vendiam roupas com desconto e, sinceramente, achei aquilo uma palhaçada. Sites como Privalia e SuperExclusivo vendem coisas velhas e com um desconto ridículo (um vestido passa de 600 a 400, sabe?), por isso achei que seria mais negócio colocar links mais realistas com a maioria das pessoas normais e que são uma parte mais modesta da PEA. Então, pesquisem e gastem com moderação.

domingo, 8 de março de 2009

First watch

hoje assisti ao filme watchmen, apesar de nunca ter lido a hq na vida... sinceramente, não sei ainda o que pensar... logo que saí da sessão, devo dizer que não me animei muito com o filme. de certa maneira, tudo tinha um porém. o dr. manhattan é um personagem fantástico, mas o distanciamento que todos no filme sentem dele eu senti do próprio filme: uma falta de algo, de um elemento de conexão que me aproximasse da história e dos personagens. eu era uma observadora tão fora dos eventos ali mostrados quanto ele próprio. talvez isso fosse sintomático do ar bastante caricatural do filme, um ar geral kitsch que eu achei genial (totalmente anos 80), mas que talvez tenha contribuído para impedir essa catarse.
falando em anos 80, a trilha sonora é incrível (desenterraram 99 luftballoons da nena!), com músicas que pontuam cenas importantes, MAS, o uso excessivo de músicas simbólicas me pareceu uma trapaça, em um determinado momento: elas pareciam muletas para a história, como se as cenas por si só não fossem fortes o suficiente e precisassem de uma música para lhes acrescentar emoção, mas, justamente por serem excessivas, se sobrepunham à própria cena. mesmo assim, a abertura do filme, contando a evolução do grupo de heróis e a "evolução" do próprio mundo ao som de 'the times they are a changin' do bob dylan é provavelmente uma das seqüências mais bonitas que eu já vi:



as atuações transitam no mediano. por vezes são irregulares (alguns atores bons com outros bem fracos, como na cena que se passa no presídio, com um criminoso acompanhado dos seus capangas), mas não chegam a incomodar ou ser brutalmente deslocadas do clima geral do filme. não tecerei muitos comentários sobre o roteiro, porque quero ler a graphic novel agora para saber se os pontos principais da história foram bem amarrados...

fora isso, a parte estética do filme é absolutamente impecável. quando fez '300', snyder dirigiu um filme bem fraquinho com um visual fantástico (apesar daquele monte de homens com barriga de ab shaper e com um brilho bronze digno de passista de escola de samba). as seqüências de ação não são tantas como pode presumir algum espectador incauto (como eu), mas são tecnicamente perfeitas. há quem se incomode com a violência quase gore em alguns momentos do filme (já aviso, tem gente explodindo, cachorro comendo um pedaço de criança, braços sendo serrados fora e muitos membros do corpo sendo quebrados de forma bastante gráfica e por quase todos os personagens principais). para os fracos de estômago (como eu, novamente), talvez seja um choque grande ver essas cenas, mas, apesar de eu ser meio aversa a violência excessivamente gráfica em filmes, devo defender o uso disso neste filme pelo seguinte motivo: a violência representada ali não é gratuita e sem propósito. é a violência que criou os personagens e eles são frutos diretos dela e vivem a partir dela. e, considerando que vivemos em um tempo maluco em que a igreja acha condenável uma menina de 9 anos interromper uma gravidez de risco fruto de um estupro, a violência deste filme é um retrato (amplificado e insuportável de se assistir) da nossa própria condição - só pra ver como da década de 80 pra cá muita coisa continua na mesma, senão pior. eu admito que em uma cena eu não agüentei e cobri o rosto, mas isso foi só porque me falaram que era uma cena violenta, aí, frouxa que sou, não consegui assistir, apesar de ter visto (provavelmente) coisa bem pior desde que o filme tinha começado.

tenho cá as minhas dúvidas sobre 'watchmen' ser a bandeira de um novo momento nos filmes de quadrinhos. sinceramente eu acho que essa onda de mudança foi mais emblemática e forte no 'dark knight', inclusive pela parte técnica e visual. achei que 'watchmen' simboliza a solidificação dessa mudança. é um filme que atesta que 'não é porque é um filme de quadrinho que é infantil, que é caricato e as coisas vão terminar bem no final'. inclusive, este é um ponto em comum entre os dois filmes: você sai da sessão pensando 'final feliz é algo que depende muito do seu ponto de vista'.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

insomnia



faz algumas semanas que o meu sono está completamente ferrado... tem dias que eu vou dormir às 10 da noite e fico desmaiada (e, por isso mesmo, acordo quebrada no dia seguinte), assim como tem dias que eu fico acordada até as 5 da manhã direto e pareço um zumbi o dia todo... em parte os horários estão zoados por causa de trabalho (também), mas a causa principal é um problema de insônia que eu tenho há um bom tempo (desde o colegial, na verdade)...

isso acabou me remetendo ao 'clube da luta', que eu revi hoje pela milionésima vez. a definição do personagem do edward norton, no entanto, não chega a ser a definição exata de como eu fico: não fico entre o acordado e o dormindo, mas sim eu sinto que durmo em pílulas, uma meia hora sim e a outra não. isso sem contar que nesse calor fica pior, especialmente quando eu tenho coisas pra fazer na
manhã seguinte. aí vira a bola de neve: preciso dormir para acordar cedo, mas não consigo pelo calor e também pela ansiedade de não estar dormindo ainda... aí, de repente, não mais que de repente, são 7 da manhã...

mas eu resistirei à tentação. vou começar desligando o 'footballers wives' (que eu não assisto, tá? eu estava vendo queer eye, que não é muito melhor, mas pelo menos é mais divertido), terminarei esse post e partirei para a minha cama, para lutar contra a insônia... ainda vou arrumar a minha cama, escovar os dentes, lavar o rosto, tomar uma água, mas acho que tudo isso já está meio que subentendido...

então, até, pessoas!


OBS: procurando imagens sobre insônia na internet, a melhor opção foi essa tirinha do PHD Comics (que eu adoro), mas isso foi só porque eu não achei ilustrações adequadas para insônia... todas pareciam meio que imagens de gente na fossa e a campeã, definitivamente, foi esse retrato deprimente de bad trip que está como uma definição ilustrada de insônia:




olha, eu posso ter um conhecimento meio raso do assunto, mas não conheço ninguém que veja o oitavo passageiro quando não consegue dormir...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

limpando o armário



sou uma pessoa que cede fácil à intimidação, então estou postando uma atualização sob os pedidos enfáticos (e, por isso mesmo, bastante convincentes, como ser chamada de "bocó") de karina nishioka. tive várias idéias de atualização pra cá, todas dando em nada, nem tanto porque eu não tinha o que escrever, mas porque viraram lugar comum: a reforma ortográfica é uma baboseira sem sentido, o álbum novo do franz deixou a desejar, tá todo mundo surtando com a posse do obama, a crise, são paulo fashion week com o preto sendo o novo preto, a crise...


mas, sem brincadeira, eu estou achando interessante como as pessoas da área da moda lidam com a crise... pra começar que eu li sobre o novo grupo de pessoas que compram nesses tempos incertos: as recessionistas (uma variante baixo orçamento das fashionistas... achei engraçado isso porque me descobri uma recessionista muitos anos antes da crise estourar. aparentemente eu fazia compras proféticas). outra coisa que eu ouvi falar foi que as peruas e ricaças de são paulo, com vergonha de como é 'tipo, suuuper cafona' sair cheia de sacolas pela oscar freire, agora chamavam os vendedores com os produtos dentro das suas casas, para poderem torrar dinheiro sem ninguém saber. pelamor, eu vi na folha a notícia de que o iguatemi está disponibilizando um serviço de 'personal shopper': você paga 300 reais a hora pra alguém comprar qualquer coisa pra você no shopping. é curioso: pega mal gastar dinheiro com todo mundo vendo, então é muito melhor gastar escondido, como se você estivesse comprando crack num beco.
aí, é mais 'consciente' só comprar as coisas em liquidações ou bazares, mas mesmo assim você vê que o povo se descontrola um pouco, o que não falta é gente gastando muito dinheiro comprando uma porrada de coisas que não precisa. não sei se sou só eu, mas a minha sensação é que as pessoas sabem da crise, mas a ficha não caiu totalmente. eu mesma ainda não sei exatamente o que vai acontecer, sei que vai ser feio, mas não sei quando a coisa vai bater de fato...

isso é um tanto assustador, se você pára (mantenho o acento diferencial) pra pensar...