sábado, 29 de setembro de 2007

There and back again

pessoas!

depois de um hiato de um mês, cá estou! eu sei, é feio ficar tanto tempo longe, sem dar notícias nem mesmo mudar o playlist do blog, mas, em minha defesa, muitas coisas (algumas boas, outras ruins) aconteceram durante este mês e é mais ou menos sobre isso que eu quero falar.

muita coisa mudou neste mês e acho que ainda vai mudar... passei por uma fase de amadurecimento, estou começando a entender algumas coisas e estou finalmente aplicando outras. na verdade é engraçado, porque pela primeira vez em muito tempo que eu me sinto diferente, desde o dia que eu entrei na faculdade eu não me sentia assim. é como se eu tivesse virado uma outra pessoa, e esse processo já vem se estendendo há algumas semanas, senão meses e foi reforçado há alguns dias atrás.

algo que me deixou feliz foi constatar uma coisa que eu sempre pregava, mas nunca tinha aplicado: conversar sempre e se manter sincero a alguém com quem se tem um relacionamento é realmente algo que aumenta muito as suas chances de não precisar esquecer a pessoa quando os dois se separam. ainda estou estranhando a minha adaptação à nova nomenclatura que recebi, mas no geral não está sendo nem um centésimo doloroso ou difícil como eu já cheguei a temer. acho que isso se deu em grande parte ao fato de que a conversa foi colocada como prioridade desde o primeiro dia. ser sincero com alguém não é o tipo de coisa fácil de fazer, mas depois de um certo tempo você adquire prática e é que nem andar de bicicleta, você não esquece mais. é uma experiência estranha e meio desagradável você se expor completamente a alguém, mas se você confia na pessoa e ela também confia em você para fazer o mesmo, facilita muito, vira algo natural. esquisito é você esconder como se sente.
algo que eu escutei esses dias foi que era necessário se afastar da pessoa com quem se rompeu, para que fosse possível esquecer mais facilmente. eu entendo essa atitude quando a pessoa machucou você, mas, e quando você nunca foi ferido? nem mesmo quando vocês terminaram? eu não sei, sou mais novata do que tudo nisso, mas devo dizer que, se eu posso, eu não quero esquecer. porque isso significaria não apenas esquecer os maus momentos (se é que houve algum realmente ruim), mas os bons começam a doer também e seria necessário apagá-los junto. essa abordagem 'brilho eterno de uma mente sem lembranças' não funciona muito comigo. porque, no fim das contas, você nunca esquece de vez. então, pra que se forçar a se machucar voluntariamente?

a única coisa que eu defendo é se dar a chance de querer mudar. nem que seja um corte de cabelo, um emprego, um curso de qualquer coisa... nem é para ajudar a cicatrizar, mas para poder perceber que tudo segue o seu curso. é triste alguém não lamentar um rompimento (afinal, se não lamenta, a coisa estava pior do que se poderia imaginar), mas é tão ruim quanto ficar em luto eterno. é muito fácil se acomodar na depressão e isso é extremamente perigoso. você acaba tomando gosto por se martirizar e isso eu acho que não é nem um pouco construtivo. porque você se priva de muitas coisas boas que poderia estar aproveitando por preferir se distrair sentindo-se uma vítima. então, simbora levantar da cama, arrumar o quarto, pintar o cabelo de vermelho, começar a fazer um curso de macramê ou qualquer outra coisa e saia da inércia!

eu só não continuo porque eu posso ficar horas divagando aqui e eu acho que posso voltar ao blog sem sair despejando um milhão de coisas que estão na minha cabeça de uma vez só. vou guardar isso pros próximos posts.

até, pessoas!