O inferno são os outros
três vezes eu tentei atualizar este blog... três vezes não deu certo... assim, passei mais de um mês com o espaço deixado às moscas. minha maior sorte, neste caso, foi que aparentemente gostaram bastante do curta do don hertzfeldt, o que em parte me redimiu e me deu liberdade para procrastinar ainda mais as atualizações daqui.
pois bem, se o tempo distante me tirou parte das palavras, também me permitiu olhar com mais atenção para o mundo à volta e, espero, conseguirei chegar até o fim deste post e vou publicá-lo, de uma vez por todas.
primeiramente, o título é completamente aleatório. eu sempre quis usar essa frase em algum lugar e achei que combinaria com o meu retorno espetacular ao blog colocar algo chamativo assim... ok, o retorno não é bem ESPETACULAR, mas eu estou feliz por escrever aqui novamente...
decidi retomar alguns hábitos antigos. um deles foi ir ao teatro. fui ver hamlet, aquele, com o wagner moura... pois bem, fui no dia seguinte à estréia e esperava ver atores afiados com os diálogos, interpretações magníficas... não foi bem isso. não que a peça seja ruim. a peça é muito boa (e olha que eu sou bastante preconceituosa com adaptações 'modernas' de peças tradicionais), a cenografia é bem interessante e a peça é mais 'atemporal' do que 'moderna', mesmo considerando as adaptações feitas no próprio texto. quais foram os poréns? bem, para começar, tonico pereira parecia estar lá para avacalhar. toda hora esquecia suas falas, gaguejava e parecia mais um botequeiro do que tio de hamlet. wagner moura, por sua vez, estava bom no papel. ele é um excelente ator, mas já houveram hamlets melhores, como o interpretado por marcos damigo na fiesp há mais ou menos uns 4 anos atrás. a voz nasalada, a forma como ele cuspia enquanto falava, isso tudo ajudava a criar uma imagem diferente de hamlet, uma imagem mais jovem (o que difere muito da figura madura normalmente vista nos filmes e peças de teatro), mas de forma alguma uma imagem pior. esta peça abriu a possibilidade de uma nova visão do personagem. assim, não foi a melhor peça que já vi, mas valeu a pena pela experiência.
entonces, vou nessa, ansiosa para poder escrever logo sobre a estréia do the dark knight! hasta!
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