limpando o armário
sou uma pessoa que cede fácil à intimidação, então estou postando uma atualização sob os pedidos enfáticos (e, por isso mesmo, bastante convincentes, como ser chamada de "bocó") de karina nishioka. tive várias idéias de atualização pra cá, todas dando em nada, nem tanto porque eu não tinha o que escrever, mas porque viraram lugar comum: a reforma ortográfica é uma baboseira sem sentido, o álbum novo do franz deixou a desejar, tá todo mundo surtando com a posse do obama, a crise, são paulo fashion week com o preto sendo o novo preto, a crise...
mas, sem brincadeira, eu estou achando interessante como as pessoas da área da moda lidam com a crise... pra começar que eu li sobre o novo grupo de pessoas que compram nesses tempos incertos: as recessionistas (uma variante baixo orçamento das fashionistas... achei engraçado isso porque me descobri uma recessionista muitos anos antes da crise estourar. aparentemente eu fazia compras proféticas). outra coisa que eu ouvi falar foi que as peruas e ricaças de são paulo, com vergonha de como é 'tipo, suuuper cafona' sair cheia de sacolas pela oscar freire, agora chamavam os vendedores com os produtos dentro das suas casas, para poderem torrar dinheiro sem ninguém saber. pelamor, eu vi na folha a notícia de que o iguatemi está disponibilizando um serviço de 'personal shopper': você paga 300 reais a hora pra alguém comprar qualquer coisa pra você no shopping. é curioso: pega mal gastar dinheiro com todo mundo vendo, então é muito melhor gastar escondido, como se você estivesse comprando crack num beco.
aí, é mais 'consciente' só comprar as coisas em liquidações ou bazares, mas mesmo assim você vê que o povo se descontrola um pouco, o que não falta é gente gastando muito dinheiro comprando uma porrada de coisas que não precisa. não sei se sou só eu, mas a minha sensação é que as pessoas sabem da crise, mas a ficha não caiu totalmente. eu mesma ainda não sei exatamente o que vai acontecer, sei que vai ser feio, mas não sei quando a coisa vai bater de fato...
isso é um tanto assustador, se você pára (mantenho o acento diferencial) pra pensar...
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